Quem sou eu

Irajá, Rio de Janeiro, Brazil
Estive deprimido nos últimos anos mas parece que acabou. Amanheci muito bem na segunda e continuei bem a semana toda. Percebi uma coisa muito importante. Percebi que sou livre. Estou no auge de minha forma física e mental e sou livre como nunca fui. Livre como talvez nunca vou ser. Mais livre do que a maioria das pessoas que conheço jamais será.

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Sobre Fábricas

Fabricar é um dom humano. Baboseira. É uma diversão mesmo. Tanto que muitos brinquedos de criança giram em torno da idéia de fazer do pimpolho um pequeno construtor... Daí as massinhas no jardim de infância, as fábricas de sorvete da Eliana, a fábrica de bonequinhos do Mickey e do Pato Donald. Além da geleca e de outras coisas nojentas ou comestíveis com que se lambuzam os pequeninos, sempre misturando marzipã com suor, macarrão com folha de cafifa (pipa, para os não-cariocas)...


Mas não é só de diversão e alegria que vivem as linhas de produção da vida. Há muita coisa terrível e triste em:

Fábricas de madeira: certa vez me hospedei perto de uma fábrica de madeira (!). Bom, quando crianças, aprendemos que a madeira se fabrica na floresta, mas eu garanto: escutava o dia inteiro essas benditas máquinas lançarem farpas e pó de árvore para todos os lados – um horror.

Fábricas de sabão: se você era um menino um tanto saidinho, com certeza ouvia a sua mãe dizer: “Se comporte, senão vou mandar o velho do saco te pegar e te levar pra fábrica de sabão”. Isso quando não ameaçavam os cachorros abandonados ao mesmo destino. Sempre o mesmo velho do saco era responsável pelo crime bárbaro – transformar crianças e cães em sabonetes Dove ou Palmolive ou sabão de lavar roupa Rio. Cá pra nós, há sabões bem escuros que realmente parecem terem sido feitos de uma coisa bem nojenta. O pior foi que, ao ver o filme “Clube da Luta”, descobri que realmente pessoas podem virar sabão – não queira conferir.

Fábricas de chocolate: cidades frias como Penedo, Petrópolis, a cidade-fictícia-de-chocolate-com-pimenta, Campus do Jordão, entre outras, sempre têm três coisas: casas de Papai Noel, casinhas de duendes e chocolates, muitas fábricas de chocolates. Aqui no Rio de Janeiro é comum que as escolas façam excursões com as crianças para uma de suas cidades frias e lá elas conhecem um mundo de chocolate. Uma pena que não é nada parecido com aquela lendária fábrica do Sr. Wonka, no filme “A Fantástica Fábrica de Chocolate”, em que crianças são castigadas pelos seus pecados enquanto se empanturram do doce viciativo.

Fábricas de sapatos: há alguns anos, a Ana Paula Padrão começou a mostrar o “Mapa do Emprego” no Jornal da Globo. A primeira cidade em que haveria, segundo a reportagem, milhares de vagas para todos os desempregados do País seria Franca – interior de São Paulo. Para quê? Fazer sapatos. Tá bom! Eu vou largar o meu diploma de Cinema (ok.. ok...eu ainda vou ter um dia ), e me mudar para o interior de outro Estado fazer sapatos numa linha de produção – melhor o Brasil mudar mesmo.

Fábricas de estátuas e máscaras de carnaval: sempre há reportagens na TV sobre esse tipo de fábricas. Que interessante a linha de produção das máscaras; que legais os desenhos; que ricos os protótipos. São programas tão importantes para a nossa cultura geral quanto o Globo Repórter sobre “os hábitos noturnos das onças que ficam à esquerda do Rio Araguaia e perto da bruxa, uma nova espécie de coruja”. As fábricas de estátua (?) vão pelo mesmo caminho. Os repórteres mostram a importância dos manequins e da forma como são fabricados para o lançamento de modas.

Fábricas da Felícia de Tiny Toons: você alguma vez com certeza recebeu algum e-mail assim: “Cuidado! Boicote estas empresas e marcas: Semp Toshiba, Dove, Johnson & Johnson, Rainha, Faber Castel, Brastemp, Hering, entre outras – elas usam animais nos seus testes para o uso dos produtos”. Agora me respondam os gênios que mandam essas correntes: O que leva uma empresa de televisão a usar animais no teste do uso dos produtos? Eles usam a gordura do bicho na composição de suas peças ou os tortura mandando-os ver filmes de cachorro mesmo? Não, porque até pros cachorros filmes de cachorro são um horror.

Abraços, meus queridos,

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Eu também quero o selo! Eu quero!

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