Quem sou eu

Irajá, Rio de Janeiro, Brazil
Estive deprimido nos últimos anos mas parece que acabou. Amanheci muito bem na segunda e continuei bem a semana toda. Percebi uma coisa muito importante. Percebi que sou livre. Estou no auge de minha forma física e mental e sou livre como nunca fui. Livre como talvez nunca vou ser. Mais livre do que a maioria das pessoas que conheço jamais será.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Animais e Insetos Nojentos: Quem Tem Que Resolver Esse Problema?

Acho que em todos os lugares a situação deve ser mais ou menos a mesma quando aparecem aqueles animaizinhos nojentos: as mulheres entram em desespero e cabe a nós darmos um jeito. Aliás, acho que as mulheres só mantêm os homens no mundo por este motivo. Quem mais daria um jeito de eliminar essas pragas e abrir potes de azeitonas e outras conservas? Afinal, os cientistas já não foram capazes de criar um embrião de rato a partir de dois óvulos?

Em casa particularmente sou bastante cotado para a eliminação de criaturas nojentas em geral. Basta aparecer alguma que a reação de qualquer integrante feminina da minha família (mãe e irmã) vai ser a mesma: "Jeferson, corre aqui: tem...

... um rato": esse é o clássico dos clássicos! Por acaso as mulheres carregam algo no código genético que as faça reagir sempre da mesma maneira? Analisando, podemos até mesmo encontrar fases distintas do medo patológico contra esses roedores. Na fase um, temos O Chamado: esta é a hora do grito esganiçado e desesperado clamando por ajuda. Na fase dois, ocorre a Explicação Desconexa de onde está o bicho: muitas vezes temos que adivinhar por pistas pescadas nas frases sem sentido. A fase três é a Hora da Proteção: isolam-se as portas e rotas de fuga, um abrigo alto é tomado e uma arma empunhada (normalmente cadeiras e vassouras respectivamente). Já mais tranqüilas e enquanto estamos arrastando coisas atrás do infame e repugnante animal, começam Os Palpites: essa quarta fase é terrível pois, além de não ajudar em nada, se o rato escapa ficaremos escutando os famosos "Eu te disse para fazer isso...", "Se você não fosse tão teimoso...", "Você estava com mais medo do que eu...", por muito tempo. E após o fim da peleja, temos a fase cinco, A Conclusão: se o ordinário foi derrotado, agradecimentos mil... se não, volte à fase quatro e veja algumas frases que serão proferidas...

... uma barata aqui!": eita bichinhos nojentos que são as baratas, não é mesmo? Essas eu mato com raiva mesmo. Onde já se viu essa criatura ser capaz de sobreviver até mesmo a um holocausto nuclear, um sucesso da evolução, vivendo em esgotos, comendo lixo, restos de comida e tudo o mais que passar pela frente e ainda vomitando por todo lugar que passa?

... uma lagartixa.": olha, sinceramente se me pedirem para matar uma lagartixa eu sou capaz de xingar a pessoa e ainda dar um jeito de salvar o pobre réptil. Não sei por que, mas sempre tive um carinho especial por elas, e tenho certeza que se todos pararem para olhá-las com mais atenção, conseguirão enxergar a beleza interior delas: afinal a barriga branca da lagartixas é transparente, heeheehee. Além de tudo isso, elas ainda são vorazes apreciadoras de baratas! Se elas são inimigas das baratas só podem ser "gente" boa!

... uma aranha!": essa é mais o caso da minha irmã caçula. Nunca vi alguém ter tanto medo de aranhas como ela. Sabem aquele filme Aracnofobia? Então, ela ficou semanas sem conseguir dormir direito por causa dele. Muitas vezes ela nem consegue falar a palavra aranha, mas quando ela me chama com a voz num tom esganiçado específico já até sei que o inimigo a ser enfrentado só pode ser um aracnídeo. O legal é ficar a ameaçando com o cadáver envolto em um pedacinho de papel higiênico e ver o desespero dela, heeheehee.

O fato é que posso ter nojo de muitos desses animais, como ratos, baratas (essas eu realmente odeio) e lesmas, mas não tenho medo, não. Acho que por eu ser muito curioso, ou talvez por ter muita coragem, vai saber.

Só sei que outro dia enquanto ajudava a minha mãe a arrumar o jardim de casa fui surpreendido por um grito assustado dela: "Caramba, um escorpião!". O que vocês fariam nessa hora? Fugiriam desesperados para o mais longe possível do local? Correriam atrás do inseticida mais próximo? Ou fariam como eu, que larguei tudo o que tinha na mão e pulei para bem perto do local e fiquei perguntando para a minha mãe onde estava o bicho?

Quando ela olhou com mais calma admitiu: "Ah, me confundi: era só um galho seco...". Alguém consegue imaginar a minha decepção ao encontrar um galho sem graça no lugar de um escorpião?

Que droga: um dia ainda encontro um desses pessoalmente.


ﮒﻷŖэņęģắđởﻷﮓ

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