Quem sou eu

Irajá, Rio de Janeiro, Brazil
Estive deprimido nos últimos anos mas parece que acabou. Amanheci muito bem na segunda e continuei bem a semana toda. Percebi uma coisa muito importante. Percebi que sou livre. Estou no auge de minha forma física e mental e sou livre como nunca fui. Livre como talvez nunca vou ser. Mais livre do que a maioria das pessoas que conheço jamais será.

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Fidelidade: cosa fora de moda?


Muitos equipamentos eletrônicos têm como característica de sua performance a fidelidade na reprodução dos sons e imagens. Esta característica, que é valorizado nesses equipamentos, parece estar correndo risco de vida nas relações entre as pessoas. Percebemos que políticos não são fieis às suas ideologias nem aos seus eleitores; assim como pessoas que vivem sob o vínculo de um relacionamento também atropelam a fidelidade quando a consideram uma virtude fora de moda ou buscam realizar desejos reprimidos por muito tempo.
Assumir com responsabilidade compromisso com uma pessoa ou instituição exige que manifestemos concordância com seus princípios por meio da sinceridade de nossos atos. Acredito que a fidelidade está aliada à confiança – as quais, juntas – exigem renúncias por parte daqueles que as valorizam. Sabemos que a ausência de uma dessas virtudes traz instabilidade e insegurança para a harmonia dos relacionamentos.
Para justificar os atos de infidelidade, muitas novelas e programas de televisão tratam o assunto como se fosse algo comum, e na maioria das vezes atribuem à ausência de afeto, carinho e atenção como sendo os pivôs deste ato falho.
A reação de certo conformismo para o ato de infidelidade parece ser facilmente tolerado quando se considera a hipótese de se experimentar breves momentos de felicidade que não inspiram vínculos. No entanto, precisamos estar atentos aos efeitos maléficos desse ato. Ao contrário do que possam exigir nossas carências e apelos de nossos mais primitivos instintos, temos de ter consciência dos reflexos negativos que podem ofuscar nossos valores e princípios.
Na vida a dois, facilmente as pequenas discussões ou desatenções ganham proporções exageradas de um dia para o outro. Ao final de uma semana, os casais podem mal se tocar ou conversar, e se tal situação se prolongar, em pouco tempo, poderão até considerar a possibilidade de encontrar alguém que possa suprir suas carências. Diante de momentos de fragilidade, ocasionados pelo sentimento de abandono e desatenção, não será difícil encontrar alguém que se disponha a ser a personificação da “boa intenção”.
Se os resquícios de uma traição contaminar a base que a sustenta, certamente a fidelidade e a confiança estabelecidas no compromisso de amor não serão mais as mesmas. Antes mesmo de dar asas à “serpente” vale a pena corrigir os acidentes de percurso dos relacionamentos, como a falta de atenção e de solidariedade, entre outros. Assim não experimentaremos o amargor do arrependimento de ter lançado “pérolas aos porcos”.
Deus ajude a cada um daqueles que se dispõe a acreditar na realização do impossível quando se amam.
Um abraço.

Halloween! Que motivostemos para celebrar?


A cada ano torna-se mais popular as comemorações do Halloween no Brasil. Mas que motivos teríamos para celebrar tal data, sendo que a pouco tempo atrás, o dia 31 de Outubro não tinha nenhuma importância para o nosso calendário?Sabemos que a palavra Halloween tem sua expressão da contração errada da palavra em inglês “All Hallow Eve” que significaria na versão para o português em “Dia de Todos os Santos”.
Este tipo de celebração surgiu na Irlanda no século 5º A.C. onde se acreditavam no retorno dos espíritos em busca de corpos para poder “viver” por mais um ano. A pessoa do Jack - o lanterna, seria de um homem que teria enganado o demônio, após ter feito um pacto com ele…Sendo assim, conta a crença que as pessoas temendo serem possuídas por esses espíritos se descaracterizavam na tentativa de, assemelhar-se a eles, promovendo barulhos e destruição. Quanto maior fosse a algazarra, maior seriam as chances de enganar os espíritos que estariam vagando.
Percebemos que em pouco tempo, houve uma intervenção cultural e, sem restrições, foi absorvida por parte da população. Aquilo que fazia parte somente de um folclore estrangeiro, lentamente foi inserido junto às escolas de idiomas, que justificando mostrar o comportamento e costumes de uma região foram fixando em seus calendários.Hoje já não é diferente em outras escolas e até mesmo os clubes sociais, bailes que se esmeram na decoração com cenário, por vezes macabra, os quais exigem como figurino máscaras, fantasias e maquilagem pálidas.
O que estaríamos verdadeiramente comemorando? Quais os motivos que teríamos para exaltar?
De norte a sul do país, o folclore brasileiro enriquece a nossa cultura com as histórias de mula sem cabeça, saci pererê, lobisomem, curupira, boto, mãe d´água, bumba meu boi, entre outros. Se a moda de celebrar os motivos folclóricos se tornar um costume, boa parte do nosso calendário será recheado de muita festa sem motivos de celebração.
Um abraço. Até mais



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Quero sumir do mapa...


Há momentos em que – se houvesse uma estrada que levasse para lugar nenhum –, sem dúvida, estaríamos viajando por ela. Justificativas não nos faltariam. Muitas vezes, achamos que ninguém tem paciência conosco, que estão sempre a nos cobrar alguma coisa e que são todos chatos.
Podemos pensar que não temos amigos fiéis; o namoro não progride; os relacionamentos familiares se tornaram delicados e instáveis, e que na escola ou faculdade nos falta estímulo. Quem dera se, em tais situações, pudéssemos “derreter”… Temos a impressão de que o mundo ruiu ou que o “cano da descarga” está sobre nossa cabeça. Parece que os amigos e as pessoas mais próximas se afastaram.
Que “ave de mau agouro” posou sobre nossos ombros, trazendo tanta coisa ruim?
Influenciados por essa sensação de injustiças e incompreensão, não percebemos o nosso próprio comportamento, que, lentamente, poderia ter se transformado. A começar por nossas conversas, por menores que sejam esses momentos, o teor do diálogo sempre se esbarra nas críticas, lamúrias, etc. Talvez, se tivéssemos a capacidade de julgar alguma coisa, o mundo estaria condenado pelas injustiças das quais achamos ter sido vítimas.
Entretanto, se o mundo não está bom é porque eu não estou melhor! Pode ser que todo esse sentimento negativo seja o resultado do nosso próprio temperamento. Sem perceber, podemos ter nos transformado em pessoas inflexíveis e irredutíveis aos novos conceitos. É difícil aceitar essa idéia, mas ninguém gosta de estar junto de alguém que considera somente suas idéias válidas, sua opinião é a que deverá ser acolhida, sempre tem a razão… Amigos, namorados, vizinhos e outras pessoas que puderem se afastar de tais pessoas, seguramente o farão, reservando-se manter poucos contatos. Outras, com as quais os vínculos de responsabilidade são mais profundos, poderão apenas se tolerar.
De nossa parte, que nos sentimos injustiçados, cabe a retomada da vida com a coragem de admitir a necessidade de mudança, esforçando-nos para que sejamos diferentes a partir de uma profunda e honesta reflexão. Essas mudanças podem ser pequenas, mas de grande impacto; como, por exemplo, a disponibilidade do sorriso, a docilidade e presteza em ajudar, e se necessário for, o empenho em buscar a convivência, mesmo que possa nos exigir um esforço sobrenatural.
Por melhores que sejam os momentos já vividos, não estamos isentos de outros amargos. Contudo, esses momentos de retomada de consciência acontecem quando temos a capacidade de processar e assimilar essa situação; muito embora, ao fazê-lo, tenhamos a impressão de que não seremos capazes de sobreviver no dia seguinte. As pequenas mudanças ocorridas em nossas vidas, certamente serão refletidas em nosso convívio social e, de maneira muito especial, em nossa família.

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segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Pamonha, Pamonha, Pamonha!


“...É o puro creme do milho verde. Venha provar, minha senhora: é uma delícia!” Quem nunca ouviu essas frases saindo do alto falante instalado em Kombis ou Brasílias que atire a primeira pedra. Se o criador dessa pérola da publicidade a tivesse registrado e recebesse por cada um que a utiliza ele seria uma das pessoas mais ricas do Brasil.

O ato das vendas realizadas por ambulantes é muito antigo. No Brasil, há muito, os Caixeiros Viajantes e Mascates, em geral turcos, armênios e libaneses, ficaram famosos percorrendo as ruas das capitais e do interior do país.

Lembro-me com alegria dos tempos de criança quando o Peixeiro Jorjão passava pela rua onde eu morava. Seu chamado era característico e ouvido de longe: “Olha o Peixe, peixe fresquinho! Sardinha, Pescada, Peixe Porquinho!” e era quase certo que um bando de crianças como eu sairiam correndo de casa pedindo para que ele esperasse as avós que chegavam mais devagar.

Até o ritual era fascinante. Após o pedido feito, o carrinho cheio de gelo se transformava, no melhor estilo Transformers, em uma elaborada bancada para a limpeza, pesagem e embalagem dos peixes. Sem contar é claro, na balança manual que ele usava e que nunca havia recebido alguma fiscalização do INMETRO... Mas ninguém se importava, pois aquele era o Seu Joaquim e o peixe era sempre fresquinho.

Hoje em dia, muito desse charme foi perdido. São carros, peruas e caminhões que vendem de tudo que possamos imaginar utilizando os ruidosos alto-falantes, causando certamente incrementos à poluição sonora, mas proporcionando muitas vezes também ótimas gargalhadas, com suas frases de “efeito”.

Outro dia estavam vendendo sorvete de massa. A frase enaltecia o produto e informava o preço, mas também explicitava uma exigência: “Olha o Sorvete Cremoso! Temos todos os Sabores. Duas bolas um Real, um litro 5 reais. TRAGAM A VASILHA E A TIGELA!!!”. Eu definitivamente não tomaria o sorvete, mas fiquei imaginando a fila se formando ao lado do carro, e todos portanto multicoloridos recipientes de plástico para que pudessem saborear a iguaria refrescante!

O português impecável de vendedores de frutas e padeiros também impressiona. A especialidade costuma ser a aplicação de plurais e diminutivos: “Bom Dia Freguesia! Seis ‘maçã’ por dois ‘real’!” ou “Olha o padeiro trazendo pão quente! ‘Deis’ ‘pãozinhos’ por ‘treis’ ‘real!” e por aí vai...

Mas às vezes a tecnologia falha. Isso aconteceu no último sábado, enquanto sentava na porta de casa: a Kombi com o alto-falante chega na rua e estaciona. Imediatamente os últimos sucessos do Axé começam a ser reproduzidos para chamar a atenção para a mensagem que sabemos estar por vir. A música pára e a expectativa vai a mil, seguida por uma ducha de água fria: o anúncio era simplesmente ininteligível.

Os responsáveis, ainda deixaram aquilo acontecer por muitas vezes antes de perceberem que ninguém se aproximava, simplesmente por não fazerem idéia do que se tratava. Finalmente rendidos, começam a passar de casa em casa oferecendo a mercadoria. Essa fiz questão de esperar pela vez da minha casa para saber do que se tratava, afinal, qual seria o produto que estaria ligado a uma campanha tão animada, ao ritmo do Axé.

Bom, eram produtos de limpeza, mas de mim eles só arrancaram mesmo gargalhadas...



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Escreva a Sua História

Escreva a sua história na areia da praia,

Para que as ondas a levem através dos 7 mares;
Ate tornar-se lenda na boca de estrelas cadentes.

Conte a sua história ao vento,
Cante aos mares para os muitos marujos;
cujos olhos são faróis sujos e sem brilho.

Escreva no asfalto com sangue,
Grite bem alto a sua história antes que ela seja varrida na
manha seguinte pelos garis.

Abra seu peito em direção dos canhões,
Suba nos tanques de Pequim,
Derrube os muros de Berlim,
Destrua as cátedras de Paris.

Defenda a sua palavra,
A vida nao vale nada se você nao viver uma boa história pra
contar.



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Mude

Mude.

Mas comece devagar,
porque a direção é mais importante que a velocidade.
Sente-se em outra cadeira, no outro lado da mesa.
Mais tarde, mude de mesa.
Quando sair, procure andar pelo outro lado da rua.
Depois, mude de caminho, ande por outras ruas,
calmamente,
observando com atenção os lugares por onde você
passa.
Tome outros ônibus.
Mude por uns tempos o estilo das roupas.
Dê os teus sapatos velhos. Procure andar descalço
alguns dias.
Tire uma tarde inteira pra passear livremente na
praia, ou no parque,
e ouvir o canto dos passarinhos.
Veja o mundo de outras perspectivas.
Abra e feche as gavetas e portas com a mão esquerda.
Durma do outro lado da cama...
depois, procure dormir em outras camas.
Assista a outros programas de TV, compre outros
jornais... leia outros livros.
Viva outros romances.
Não faça do hábito um estilo de vida.
Ame a novidade.
Durma mais tarde. Durma mais cedo.
Aprenda uma palavra nova por dia numa outra língua.
Corrija a postura.
Coma um pouco menos, escolha comidas diferentes,
novos temperos, novas cores, novas delícias.
Tente o novo todo dia,
o novo lado, o novo método, o novo sabor, o novo
jeito, o novo prazer, o novo amor, a nova vida.
Tente.
Busque novos amigos.
Tente novos amores.
Faça novas relações.
Almoce em outros locais, vá a outros restaurantes,
tome outro tipo de bebida, compre pão em outra
padaria.
Almoce mais cedo, jante mais tarde ou vice-versa.
Escolha outro mercado... outra marca de sabonete,
outro creme dental...
tome banho em novos horários.
Use canetas de outras cores
Vá passear em outros lugares.
Ame muito, cada vez mais, de modos diferentes.
Troque de bolsa, de carteira, de malas,
troque de carro, compre novos óculos, escrevas outras
poesias.
Jogue fora os velhos relógios,
quebre delicadamente esses horrorosos despertadores.
Abra conta em outro banco.
Vá a outros cinemas, outros cabeleireiros, outros
teatros, visite novos museus.
Mude.
Lembre-se que a vida é uma só.
E pense seriamente em arrumar um novo emprego,
uma nova ocupação, um trabalho mais light, mais
prazeroso,
mais digno, mais humano.
Se você não encontrar razões para ser livre,
invente-as.
Seja criativo.
E aproveite para fazer uma viagem despretensiosa,
longa,
se possível sem destino.
Experimente coisas novas.
Troque novamente.
Mude, de novo.
Experimente outra vez.
Você certamente conhecerá coisas melhores
e coisas piores do que as já conhecidas.
Mas não é isso o que importa.
O mais importante é a mudança, o movimento, o
dinamismo, a energia.
Só o que está morto não muda!


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domingo, 28 de outubro de 2007

Os Blogs e suas implicações filosóficas e empíricas, relativas à Língua Materna

(isso é que é título imponente, não?)

Dizem que os brasileiros não gostam de ler e tampouco de escrever.

Quando cursei o ginásio, se a professora de Língua Portuguesa solicitasse a leitura de um livrinho de cem páginas da Série Vaga-Lume, embora as histórias fossem geralmente muito boas sempre havia o coro dos descontentes (alguns muito preguiçosos, diga-se de passagem, pois naquele tempo ninguém trabalhava fora, no máximo ajudava a mãe a varrer a casa). E quando o assunto era redação, a coisa ficava ainda pior, afinal, era cada um por si e as possibilidades de cola eram nulas, a não ser que o exercício ficasse com tarefa de casa, é claro.

Mas se isso é verdade, então como explicar a grande, enorme quantidade de Blogs tupiniquins, senão o fato de haver muitos brasileiros que gostam de escrever, o que não significa exatamente escrever bem, além de muitos outros que gostam de ler o que outros escrevem?

Sendo assim, considerando as pessoas que tiveram acesso à alfabetização e, neste caso, ao uso da internet (que em praticamente tudo utiliza a comunicação escrita), talvez não seja verdade que os brasileiros não gostem de ler. Pode até ser que muitos não tenham é dinheiro para comprar livros, como sei que era o caso de vários dos meus colegas da escola. Ou então gostem de ler sobre assuntos que não entraram nesse dado estatístico, que eu nem sei se existe mesmo ou se é só mais uma frase de impacto: "O Brasileiro Não Gosta De Ler".

Por exemplo, tenho certeza absoluta de que as revistas de fofocas não estão incluídas no quesito ‘leitura’, embora, obviamente sejam materiais escritos. Em grande parte dos consultórios, salões de beleza e até mesmo banheiros residenciais existe pelo menos um exemplar da Caras, Tititi e suas versões genéricas. O que significa, portanto, que há muito público para esse tipo de publicação.

Bom, já quanto a escrever, o caso parece ser mais complexo. Dentre outros motivos, a insegurança certamente é um fator que torna muitas pessoas avessas à expressão escrita. No meu caso, parece que tenho uma redação razoável, mas tenho certeza de que se o Professor Pasquale passasse por aqui seria capaz de indicar pelo menos meia dúzia de incorreções em meus textos, isso porque em toda a minha vida acadêmica eu sempre fui o queridinho dos professores e professoras de Português. O que dizer então daqueles pobres estudantes que, por sentirem-se esmagados pelo peso de monstros literários, morfológicos e semânticos, renegaram eternamente sua própria Língua Mãe?

Pois eu lhes digo: embora não tendo feito as pazes com ela, estes indivíduos escrevem, e muito, em recantos da internet como blogs, fóruns de discussão, chats, livros de visita, etc. E nota-se a presença dos mesmos não só por transgredirem as regras mais básicas da nossa língua, mas também por terem criado uma linguagem própria, alternativa e sintética, através da qual se comunicam e cuja compreensão possui um alto grau de dificuldade. Percebam isso nos trechos originais abaixo, retirados aleatoriamente de blogs disponíveis na internet:

... nós tocamu ela doido dimais... só qm tava lá pra podê descrever... tipo q eu tava cumeçanu no baxo e tals (...)”

Aew Aew Eu toh indu viaja e eu voh atualiza issu aki denovo soh lah pra sabado ou domingo entaum esperem um poko...”

Depois da burrice q eu fiz eu to comentanu aki... ai meu deus...eu so mtu leda msm... as fotus taum mtu per... queria mtu ter ido mais neim deu...mais no proximu eu vo....
Te adoro!!!! Beijim!!”

Não chego a afirmar que todos os adeptos desta nova língua o sejam em virtude do ódio interno nutrido contra as normas cultas da Língua Portuguesa. Muitos deles provavelmente possuem traumas ligados ao uso do computador, ou do teclado. Talvez a maior parte deva-se a adolescentes interessados em manter uma comunicação própria e peculiar, por rebeldia, curtição, ou então como forma de selecionarem os indivíduos para seus grupos. Vai saber o que se passa nessas mentes em polvorosa...



PS: Peço desculpas aos leitores, pois numa crise de "branco mental" eu acabei reutilizamdo um pedacinho da minha postagem inicial...

Sobre a Vida Após a Morte

EM UMA FRASE BEM CURTA...

Então o que nos resta fazer é continuarmos deixando pinturas rupestres nas paredes de nossas cavernas... Para não sermos esquecidos, ou quem sabe, sermos relembrados!

sábado, 27 de outubro de 2007

Minha primeira vez num blog

De fato, quando aos quinze anos comecei a escrever o primeiro volume de minhas “Memórias”, intimamente eu imaginava que após minha morte algum amante da arte descobriria meu talento oculto para a literatura e faria publicar integralmente a obra de minha vida, que em pouco tempo seria aclamada pela crítica e público como uma das maiores autobiografias de todos os tempos, e best-seller em mais de cinqüenta e oito países... No entanto, ao imaginar este futuro promissor, ao mesmo tempo em que me satisfazia com a idéia de que um dia meu talento seria finalmente reconhecido, também sentia-me envergonhado ao cogitar que meus sentimentos mais escondidos estariam à disposição de toda a coletividade, inclusive de meus pais. Se bem que, já estando morto (e provavelmente eles também), este problema de acanhamento estaria naturalmente solucionado.

Mas enfim, o fato é que após dez anos estou aqui, vivo e sem vergonha e, embora tenha muito a dizer, não faço a mínima idéia de como começar.

Aliás, se o objetivo de um Blog é que outras pessoas leiam aquilo que escrevemos, como conquistar nosso público? Como realizar a incrível proeza de fazer com que internautas tão cheios de opções tenham vontade de ler o que escreve um cara , completamente comum e desconhecido, sem que este precise lançar mão de meios em geral mais atrativos como contos eróticos, por exemplo?

Pensando bem, existe uma palavra que está em minha cabeça enquanto reflito sobre isso, e essa palavra é entretenimento. E isso me diz que não importa do que eu fale, quer seja da minha vida, do tempo, das fofocas da tevê ou de minhas opiniões políticas ou religiosas, o que qualquer público deseja é se entreter: rir, chorar, refletir, identificar-se com alguma opinião ou até mesmo se irritar com ela... enfim, o lance é transformar qualquer coisa em algo interessante e capaz de provocar sentimentos, com exceção do tédio (e talvez do nojo).

Eis aí um conselho que posso deixar a todos os autores de Blog que porventura tenham chegado até aqui, um conselho de um novato completamente inexperiente, mas não por isso dispensável, acredito.

Isto posto, uma coisa posso prometer a você, leitor recém apresentado a mim nesse diário público e coletivo de idéias mutantes: que irei até os confins de tudo o que sei e não sei a fim de buscar assuntos que dêem vida a cada palavra que escrever aqui, para que você sinta vontade de voltar mais e mais vezes, simplesmente por achar interessante.

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E Surge Uma Idéia Mutante...

Uma explosão em um zerézimo de segundo. E do nada surge o Universo. No meio da sopa cósmica um tiquinho de matéria se choca a outro e surgem as estrelas.

Pois, é. Um dia a modernidade bate à nossa porta e somos convidados a deixarmos de lado o diário secreto escrito a mão e digitarmos nossas idéias, desejos e lembranças num lugar a que todas as pessoas do mundo tenham acesso.

O tempo todo acontecem conosco coisas que não conseguimos explicar.
Eu por exemplo gosto muito de ler e tenho como um grande sonho escrever um livro. Infelizmente eu sou muito melhor leitor do que escritor. Outro dia, porém, consegui escrever um conto que me agradou bastante, apesar de ser de um tipo que eu nunca havia escrito antes. Só que depois disso eu não tenho conseguido escrever mais nada.

Dizem que os brasileiros não gostam de ler e tampouco de escrever. Quando cursei o ginásio, se a professora de Língua Portuguesa solicitasse a leitura de um livrinho de cem páginas da Série Vaga-Lume, embora as histórias fossem geralmente muito boas sempre havia o coro dos descontentes (alguns muito preguiçosos, diga-se de passagem, pois naquele tempo ninguém trabalhava fora, no máximo ajudava a mãe a varrer a casa). E quando o assunto era redação, a coisa ficava ainda pior, afinal, era cada um por si e as possibilidades de cola eram nulas, a não ser que o exercício ficasse com tarefa de casa, é claro.

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