Com suas meias 7/8 e extravagantes cintas-liga, corpetes com babados rosa e ingênuos lacinhos na cabeça, elas incendiaram o universo masculino durante mais de 3 décadas.
As Pin-ups não precisavam mostrar os seios (embora o tenham feito em determinadas ocasiões) ou outras partes íntimas. Os homens da década de 40 a 60 contentavam-se com imagens de garotas em roupas, acessórios e posições sensuais estampadas em cartões (os famosos Girlie Postcards), ou espécies de pôsteres ou calendários que podiam ser pregados na parede com um alfinete (em inglês: pin, daí o nome Pin up).
Durante os difíceis anos de guerra, pin-ups, calendários, cartões e bottons foram colecionados com afinco por rapazotes rumo aos acampamentos.
Com o tempo surgiram revistas especializadas nisso que hoje chamamos de arte, mas que na época deveria ser uma vulgaridade aos olhos mais conservadores. Eram as Girlie Magazines, avós da Playboy.
Diferente de se deixar fotografar para uma revista masculina hoje, onde é possível aproveitar-se da Idade do Ouro dos meios de comunicação para auto projetar-se, as modelos que pousavam para os artistas das pin-ups eram em sua grande maioria completamente desconhecidas ou simplesmente fruto da imaginação de quem desenhava.
Corpos e performances flutuantes no imaginário masculino, sem nome ou identidade. A personalidade ficava por conta dos artistas que, além disso, realizavam o que hoje é deixado para o Photoshop, ignorando pequenos defeitos e acrescentando sensualidade.
Algumas garotas, no entanto, ficaram bastante famosas. Tais personalidades nem precisavam das mãos mágicas e photoshopicas de um ilustrador. Suas pin-ups eram fotos reais.
É o caso de Betty Grable, conhecida por ter as pernas mais belas da época, posteriormente colocadas no seguro, e elevada ao título de Rainha das Pin-ups.
Rita Hayworth, célebre por seu papel em Gilda, teve uma de suas pin-ups sobre um projétil lançado em Bikini, e ficou conhecida como a Garota Atômica.
Marilyn Monroe pousou nua para um calendário antes da fama e estreou a Playboy, saindo na capa da primeira edição, em 1953. Suas imagens foram estampadas até em baralhos.
Não menos ilustre que as últimas, Bettie Page, num estilo singular, transformou-se em ícone do sadomasoquismo.
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