Quem sou eu

Irajá, Rio de Janeiro, Brazil
Estive deprimido nos últimos anos mas parece que acabou. Amanheci muito bem na segunda e continuei bem a semana toda. Percebi uma coisa muito importante. Percebi que sou livre. Estou no auge de minha forma física e mental e sou livre como nunca fui. Livre como talvez nunca vou ser. Mais livre do que a maioria das pessoas que conheço jamais será.

sábado, 8 de dezembro de 2007

Pequenas polêmicas

Eu sempre considerei a nossa Consolidação das Leis do Trabalho (ou CLT para os íntimos) fruto de momentos de carência da nossa sociedade puramente paternalista. O custo que as empresas tem para manter o funcionário registrado hoje em dia seriam suficientes para manter dois funcionários (o que tecnicamente contribuiria com a diminuição do desemprego) ou para, no mínimo, pagar um salário mais justo para quem trabalha subordinando a alguma empresa, o que (tecnicamente falando também) proporcionaria a muita gente a chance de ter uma vida mais digna, com um pouco mais de cultura, educação, saúde e bem estar com um bom bocado a menos de dor de cabeça com as contas vencendo.
E todo esse custo adicional, acreditem, não é decorrente do tempo que o funcionário está na empresa, e sim do tempo em que ele passa em casa aos fins de semana remunerados, feriados, férias, dias abonados e por aí vai. Aqui cabe aquela outra polêmica, de que o Brasil que diz que o Brasil é um dos países que menos trabalha no mundo, dada a quantidade de feriados. Porém, vale ressaltar que regiões como alguns estados do Sul e Sudeste mesmo com todos feriados e dias santos produz metade (ou mais) do PIB do país.
Voltando à questão do custo por funcionário, supondo que nossa CLT não fosse tão rígida e permitisse que as empresas, ao invés de pagar mais de 100% de custo a cada funcionário, tivesse a liberdade de distribuir livremente esses rendimentos aos funcionários, isso favoreceria o crescimento como um todo já que diminuiriam os custos. Não seria ótimo?
Bom, talvez não, porque pelo baixo nível de cultura financeira da grande maioria da população, logo esses rendimentos seriam gastos de forma inadequadas, e o aumento da quantidade de moeda em movimentação certamente faria aumentar a inflação (o que nem sempre é necessariamente ruim) e essa não é a meta econômica do nosso atual governo. Por outro lado estamos tão dependentes dessas “regalias” tão duramente conquistas ao longo dos anos de trabalho, crescimento do país, e ditadura, que quando por algum motivo elas nos faltam causam desespero. Vejam meu caso: como fui registrado ano passado uns seis meses antes do final do ano o meu décimo terceiro na verdade será metade (menos impostos) do que deveria ser. E o plano de ter algum dinheiro guardado ou aplicado para um futura emergência vai por água abaixo, sem falar que a gente sempre conta com esse dinheirinho para comprar um mimo mais caprichado para quem a gente ama. É complicado controlar idéias polêmicas que te dizem que o certo seria “X” quando na verdade o nosso comodismo afirma que é bom vivermos na situação “Y”. Polêmicas a parte, dica da financeira da tia Rê: quem recebeu o décimo terceiro e não está comprometido com dividas, apliquem em alguma aplicação de renda fixa, pois como diria minha mãe: quem guarda tem.

Um comentário:

*Renata Costa* disse...

Texto originalmente publicado por Renata Costa no blog Idéias em Fuga

http://ideiasemfuga.blogspot.com/2006/11/pequenas-polmicas_29.html