Quem sou eu

Irajá, Rio de Janeiro, Brazil
Estive deprimido nos últimos anos mas parece que acabou. Amanheci muito bem na segunda e continuei bem a semana toda. Percebi uma coisa muito importante. Percebi que sou livre. Estou no auge de minha forma física e mental e sou livre como nunca fui. Livre como talvez nunca vou ser. Mais livre do que a maioria das pessoas que conheço jamais será.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Dentro de uma mente Maligna Parte I

Contos
Ele fora acolhido com todo amor e respeito no seio daquela família humilde. Tinha vindo do nada e seu passado obscuro costumava assustar o pequeno povoado de Samesville, mas não a Joseph e Emilly McKent, pais de Sarah.

Joseph era um homem cristão e acreditava que a melhor forma de caridade era auxiliar o próximo, por isso, quando acolheu Tommas sob o mesmo teto que sua família acreditou que Deus o esteva usando como instrumento de sua infinita bondade.

A fazenda McKent era uma imensa área verde coberta de ponta – a – ponta de árvores frutíferas, plantações de milho ao norte e de soja ao sul, deixando a casa praticamente invisível para quem vinha pela estrada de terra que ligava as fazendas da região ao centro de Samesville.

Tommas era um rapaz forte, alto, mãos calejadas pelo árduo trabalho – afirmava ele – olhos de um azul profundo e cabelos da cor do trigo que era iluminado todas as manhãs pelo sol. Tinha o corpo definido e provocava suspiros nas pudicas moças da cidade quando acompanhava Joseph no antigo jipe da família para comprar suprimentos para a fazenda. Os pais de família e fazendeiros amigos do Sr. McKent constantemente lhe diziam que não confiavam em Tommas, que por trás daqueles olhos habitava crueldade, porém Joseph rebatia dizendo que para quem ama Deus todos os perigos estão longe.

Numa bela tarde próximo do outono Emilly estava dentro de casa preparando pão de milho para servir o jantar e o delicioso perfume invadia o ar. Joseph, que trabalhara duro o dia todo resolveu entrar na casa, mas Tom (como era chamado agora) disse que iria se lavar primeiro e depois entraria para jantar, pois agora era como uma pessoa da casa. O sol começou a desaparecer no horizonte e Emilly preocupada começou a chamar Sarah pela fazenda, mas a garota não respondia. Foi até o estábulo, até a casa da árvore e nada da menina. Alarmada chamou Joseph para ajudá-la, porém não a encontraram. Tom também havia desaparecido e o coração do casal começou a pesar pensando em quanto haviam sido ingênuos.

A busca continuou por mais dois dias com a ajuda de todos os fazendeiros da região, até que para pesar do jovem casal encontram o corpo de Sarah, inerte próximo a um lago, o sangue manchando o vestido azul e os cabelos ruivos, a face pálida devido ao sufocamento provocado com seu próprio laço de cabelo, e corpo abusado por um monstro. Seis meses depois Tom foi localizado numa cidade da região acusado do estupro de uma senhora de oitenta anos, e condenado à pena de morte.


Esse conto foi baseado na música Forest do álbum Toxicity do System of a Down que conta a história de um estuprador na visão do mesmo, e do personagem William "Wild Bill" Wharton do livro “Green line” (romance de Stephen King) e filme À espera de um milagre de (direção e roteiro de Frank Darabont). Mais do que um conto sinistro sobre o lado obscuro da mente humana, esse é um alerta a todas as famílias: cuidem de suas crianças sejam meninos ou meninas, vamos botar um fim à violência sexual, pois muitas vezes o inimigo está em nossos lares.

Um comentário:

*Renata Costa* disse...

Texto originalmente publicado por Renata Costa no blog Idéias em Fuga

http://ideiasemfuga.blogspot.com/2006/08/dentro-de-uma-mente-maligna-parte-i.html