Quem sou eu

Irajá, Rio de Janeiro, Brazil
Estive deprimido nos últimos anos mas parece que acabou. Amanheci muito bem na segunda e continuei bem a semana toda. Percebi uma coisa muito importante. Percebi que sou livre. Estou no auge de minha forma física e mental e sou livre como nunca fui. Livre como talvez nunca vou ser. Mais livre do que a maioria das pessoas que conheço jamais será.

domingo, 9 de março de 2008

Eles Estão Prestes a Atacar

Após revelar bravamente ao mundo a conspiração movida a Rolos de Papel Higiênico e Canetas BIC, volto para trazer à tona mais um alerta!
A população mundial ainda não se deu conta, mas quem quer que sejam os responsáveis por esses fatos – ainda estou tentando decifrar os códigos do papel higiênico – está chegando cada vez mais perto de seus objetivos.
Já com os olhos abertos às ameaças, pude perceber outros estratagemas usados por esses malfeitores para nos espionar e controlar as nossas vidas.
Em primeiro lugar temos as lapiseiras, em especial as da marca japonesa Pentel. Um único exemplar do singelo dispositivo pode revelar alguns dos piores sentimentos humanos como a ira, a inveja, a cobiça e a mentira.
Quem nunca presenciou ou se viu envolvido em uma típica discussão provocada por uma Pentel anda muito distraído.
Bastam duas pessoas possuidoras da mesma lapiseira para que ocorra, por exemplo, uma dessas duas situações:
Situação 1: Uma das pessoas acabou de perder a lapiseira.
A frase será tão imediata quanto certa: “Então foi você quem pegou a minha lapiseira???”. Aliada, é claro, a um olhar de ódio que pode ser percebido a quilômetros.
É claro que a segunda pessoa irá se exaltar, para defender seu precioso (precioso!) bem ou, quem sabe, estará se esforçando ao máximo para preservar em sua posse o objeto recém adquirido.
Situação 2: Os dois iniciam inocentemente a comparação das condições das suas lapiseiras.
Como um ato tão banal poderia representar algum perigo? Em geral, a conversa começa amigável, com cada um contando suas histórias com o lápis mecânico (uma fonte de insanidade?) e há quanto tempo a possuem.
Neste ponto é que eles perdem o controle e começam a discutir quem tem a lapiseira há mais tempo, qual delas está melhor conservada e muitas outras coisas.
Bom, já vi algumas brigas que chegaram a resultados trágicos.
Além disso, da mesma forma que as BIC’s, a Pentel tem a capacidade de desaparecer e reaparecer do nada, mas com um diferencial importantíssimo: ela sempre tem um álibi para o desaparecimento, pois todos desejam a preciosa lapiseira, e sempre é de se esperar que alguém a pegue “acidentalmente”.
Às vezes os larápios se arrependem, outras vezes, não, e todos aceitam isso, mas na verdade elas estão cumprindo parte da seu dever de levarem as informações coletadas em nosso cotidiano.
O pior de tudo é que estou com um grande problema. De alguma forma surgiu uma BIC sobre a minha mesa e uma Pentel se posicionou no meu bolso. Percebo agora o quão frágeis somos ante essa terrível ameaça, pois quem garante que elas não podem mudar do modo de observação para o de ataque?
Aguardem novos contatos, pois ainda tenho muito a revelar sobre a conspiração que se agita sob os nossos pés, ou melhor, dentro das gavetas de escrivaninhas e estojos escolares!
P.S.: mantenham os clipes metálicos sob discreta vigilância.


ﮒﻷŖэņęģắđởﻷﮓ

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